sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Desculpas (quase) esfarrapadas

Peço desculpas a todos (todos os 3) que visitam o blog procurando atualizações. Há 2 semanas estou sem computador pois por falta de espaço resolvi comprar um novo HD. O HD se mostrou incompatícvel num primeiro momento pois parece que o HD antigo se sentiu enciumado pelo fato de o outro ser maior e não funcionou.
Tentei de várias maneiras fazer minha placa filhadamãe reconhecer meu novo HD mas não consegui. Visitei nosso amigo que tudo sabe e vi que teria de mexer em algumas coisas e gastar um bom tempo para fazer o HD funcionar. Resolvi então deixar em local indicado para me poupar do trabalho contando com a ajuda da sempre presente Elen (sem ela talvez todo este processo demoraria cerca de 2 a 3 meses). A assistência não conseguiu em 4 dias resolver o problema e então resolvi trocar o HD. Foi quando o Lucas da loja em que comprei disse que resoveria o problema para mim. Levei então até lá e ele ajustou as coisas. Chegando em casa porém nada funcionou.
Foi aí que apareceu o amigo Russo disposto a me ajudar. Ficamos 8 horas testando de todas as maneiras possíveis e vimos que o caso estava perdido. A esta altura o antigo HD enciumado já tinha feito beicinho e também não admitia funcionar.
Foi aí que pensei: fudeu!
Levamos novamente o PC ao lugar da compra do HD e foi então que o Lucas nos mostrou o truque e saímos de lá com ele finalmente funcionando.
Infelizmente ainda não tive tempo de instalar tudo novamente e ainda por cima perdi vários dados importante por causa deste ciúme besta de um HD que sempre me atendeu e não aceitou dividir seu espaço com outro.

Enfim...cu no pau há...esta ladainha toda é apenas para justificar (ou tentar justificar) tanto tempo sem novos posts e também para agradecer aos que me ajudaram nesta batalha contra os HD's rivais: Uirsu que teve paciência pra tirar minhas dúvidas vááárias vezs por telefone enquanto eu ainda tentava resolover o problema com minhas próprias mãos, Elen pelo carinho, paciência e presteza em ajudar com os problemas de horário e transporte da CPU, Lucas que acabou solucionando o problema e Russo que mesmo no maior aperto com os prórpios problemas para resolver se mostrou bastante solícito em ajudar.

Voltemos agora com a programação normal...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Naquela cidade

“não tenho estado muito em casa ultimamente
nem me lembro quanto tempo faz
aprendi a não olhar pra trás.

eu conto as horas que passam
eu conto estrelas no céu
na solidão das noites sem graça
nos quartos de hotel
?como se chama essa cidade?
?como se chama a atenção?
de uma cidade que dorme
enquanto a gente, infelizmente, não?”


Quanto tédio.
Já amanheceu faz tempo e “Quartos de Hotel” não sai da minha cabeça.
Também pudera...onde já se viu cidade mais fodida!?!
Me mato de trabalhar para terminar tudo na quinta, arrumo minhas coisas e vou pra rodoviária.
Mas onde já se viu?
Só tem passagem pra capital no sábado e na terça de manhã!
O que vou fazer nessa cidadezinha de merda até amanhã?
Já passam das onze da manhã e eu continuo aqui, deitado na cama desse quarto de hotel arrotando o suco de mamão que tomei naquele café da manhã “suculento”, como está escrito na placa do lado de fora.
Deve ser porque só tem suco essa porra!
Só não sei onde entra o lento...hehe
Disse isso porque me lembrei da cena de abertura do “Ed Mort”, onde ele explica para o molequinho o que é um “breakfast”.
Mas isso não vem ao caso.
Agora são onze e quarenta e já vai começar o Chaves.
Ao menos por meia hora terei o que fazer...
Rá!Rá! Adoro estes episódios no restaurante.
Ainda mais com o “Seu” Jaiminho...
E eu aqui...tentando evitar a fadiga...
Este episódio (assim como os outros) é ótimo, com o Chaves aprendendo na marra que as coisas são servidas pela esquerda e retiradas pela direita, inclusive as moscas...
Haha! Chaves também é cultura!
Poxa! Já acabou?
É...o que é bom passa rápido...agora tem o Alterosa Esporte.
To sem paciência pra assistir...é sempre a mesma coisa:
“Cruzeiro vence mais uma e galo aumenta a crise...”
Já ta perdendo a graça...
Vou sair pra almoçar.
Espero que os restaurantes não estejam “fechados para almoço” nessa roça.
“A verdadeira comida mineira!”
Este aqui deve ser bom...
Bom...pelo menos a garçonete é boa demais!
A primeira mulher de verdade que eu vejo por aqui...
Corpo escultural,"peitinhos de pitomba",olhos verdes...
Sem falar naquela boca...
Carnuda, hipnotizante, fazendo a imaginação fluir...
Ela veio me servir e se abaixou à minha direita quase colando seu imenso decote em meus olhos.
Provavelmente ela não assiste ao Chaves...
A comida estava bem mais ou menos, mas a troca de olhares que mantive com aquele ser perfeito durante minhas garfadas fez com que eu nem sentisse o gosto daquela couve mal-cheirosa.
Antes de sair perguntei a ela o que se fazia sexta à noite na cidade.
Ela disse que hoje teria um festival de dança.
Odeio dançar!
Ela perguntou se eu gostava.
Adoro! - respondi.
Disse que não conhecia ninguém ali e perguntei se podia ir com ela.
Aqueles lábios maravilhosos abriram um sorriso lindo e ela disse que seria um prazer.
Disse que morava na casa ao lado do restaurante e que eu passasse lá às nove horas.
Contei os minutos durante a tarde.
Aquele quarto de hotel já não era tão ruim...
Tentei dormir, mas não conseguia.
Estava tão excitado que tive de tomar cinco banhos gelados.
Ficava imaginando aquela boca tocando o meu... meus lábios...
Mas é claro que naquela cidade era tudo bom demais pra ser verdade...
Quando dão oito horas desaba uma tempestade.
Mesmo assim fui até a casa dela.
Cheguei todo molhado e bati a porta.
Ela atendeu com um vestidinho branco colado ao corpo e que deixava suas coxas a vista.
Uma visão do paraíso, de cima a baixo.
Ela disse que o festival havia sido cancelado por causa da chuva e pediu que eu entrasse.
Ela morava com o irmão, que estava viajando, e me emprestou roupas secas.
“Estou preparando um jantar, gosta de espaguete?”
Troquei de roupa e fui à sala de jantar.
A sala era iluminada apenas por duas velas acima da mesa, onde estava também um delicioso vinho.
A mesa de vidro permitia uma visão divina de suas pernas.
Mas nada se igualava ao gesto que ela produzia com os lábios ao puxar o macarrão.
Eu já quase não conseguia me segurar, quando ao terminar de comer ela me disse:
“A sobremesa é de cigarretes de uva, mas apenas eu poderei comer, você se importa?”
Não entendi aquilo, mas é claro que não me importava, o que eu queria comer era outra coisa.
Ela me pediu que eu pegasse a sobremesa no jarro que estava atrás de mim.
Coloquei a mão no vaso, mas a única coisa que encontrei foi uma pequena embalagem quadrada.
Retirei-a do vaso e percebi se tratar de uma camisinha, com aroma de uva.
Meu coração foi a mil.
Olhei para ela, sua língua percorreu lentamente todo o contorno de seus lábios e ela perguntou se eu poderia servi-la.
Ela permaneceu sentada, eu me levantei e fui servi-la, pela esquerda, como aprendi com o Chaves.
Só fui embora daquela cidadezinha maravilhosa na terça-feira.


***escrito originalmente em 08/05/2003

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Camisa Rosa

Muita gente tem me perguntado o motivo pelo qual eu sempre me apresento de camisa rosa. Alguns (quase todos) atiram palavras de injúria e calúnia a respeito de minha masculinidade. Na verdade a explicação para tal comportamento suspeito estava inserida no meu texto de estréia como comediante stand-up. Para sanar qualquer tipo de dúvidas coloco aqui este trecho da apresentação que não deixa dúvidas quanto a grande virilidade de um homem (de) rosa.

sábado, 6 de setembro de 2008

Dias angustiantes e tenebrosos

A mulher estava passando alguns dias em casa, em licença médica, após ter sofrido um surto pscológico. O diagnóstico apontava para uma depressão profunda com crises de mania de perseguição. Após o primeiro dia com o marido em casa este já não aguentava. Tudo que ele fazia ela o retrucava pensando que aquele ato era exclusivamente para prejudicá-la. O marido furioso não aguentou mais e saiu de casa gritando que aquela situação estava insurpotável, ele iria resolver aquilo naquele dia mesmo, não conviveria mais com uma mulher surtada!
Passadas cerca de duas horas, com a mulher sozinha em casa, toca a campainha. Ao atender ela dá de cara com um sujeito de traços latinos, chapelão e capa preta que vira-se para ela e diz:
- Buenos dias señora...io soy...paraguaio....e fui contratado por tu marido para...
- Oh não...tenha piedade de mim!!!! – gritava a mulher ajoelhada aos pés do estranho – eu juro que vou melhorar!!!!não me mate! Não me mate! Não me mate por favor! Eu não quero morrer....eu não quero morre....Eu não quero morreeeeeeeeeerrrr!!!!!!!
- Acalme-se señora...como ia dissendo...fui contratado por tu marido para acompanhá-la psicologicamente nestes dias angustiantes e tenebrossos....
- Ah...então o senhor é um psicólogo?
- Per supuesto, señora...
- Oh! Me desculpe, queira entrar...meu marido deve ter-lhe dito o quanto estou paranóica estes dias...Achei que o senhor estava aqui para me matar....
- Como é señora, para quê?
- Paranóica...será possível? Se não entende a nossa límgua por que não volta para Assunção?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dias de prisão

Dizem que contar azulejos ajuda. Já contei três vezes a parede e nada. Estico o braço. Apago a luz. Nada. Faço força. Nada. Me levanto. Acendo a luz. Sento. Força. Um azulejo. Dois azulejos. Três. Quatro. Força. Cinco. Seis. Sete. Força. Oito. Nove. Dez. Onze. Mais força. Mais força. Plóft! Finalmente!!! Para mim não há som melhor que este leve plóft seguido de algumas gotas de água que sobem e batem em meu corpo. Estou muito suado. Vou tomar um banho. Não agüento mais este sofrimento. Da próxima vez vou tomar um laxante.

***escrito originalmente em 11/09/2002

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Stand-up das Olimpíadas II

Taí o vídeo da apresentação no Canapé com o tema das Olimpíadas após alguns resultados dos jogos...
Isso mostra que o texto é sempre dinâmico e pode sofrer alterações/adaptações de acordo com acontecimentos recentes.
Além disso todo o repertório é renovado a cada 4 apresentações.