sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Redescobrindo segredos de Ouro Preto

Ah!...Ouro Preto...
Que belas surpresas você nos revela a cada instante...
Que belos segredos você guarda em suas ladeiras...
Cá estou eu frente a mais um deles.
Talvez segredos que já conhecemos,
mas nos causam a mesma emoção ao "redescobri-los".
E aqui estou aos pés do morro.
Marília de Dirceu ao meu lado assovia um vento frio e úmido
como um convite a subir
e adentrar por entre a saia da "noiva seminua".
Olho para cima e nada vejo.
Apenas a neblina que cobre a cidade nessa manhã de inverno.
As casas sobem em uma sensual sinuosidade,
e aos poucos vão se desfazendo
e desaparecem em meio às nuvens.
E lá no topo o "gran-finale".
Qual será a surpresa que me aguarda?
Não é a primeira vez que passo ali,
mas é como se não soubesse o que encontraria.
Não há como resistir e começo a subir...
A cada passo é como se fosse sendo criado o caminho mais ao longe.
A curva com os telhados das casas vai surgindo
à medida em que alguns degraus ficam para trás.
Cada vez mais o "fantasma da noiva" vai se despindo e se revelando.
Quanto mais próximo ao cume mais emoção eu sinto.
Chegando lá em cima basta olhar ao lado.
Basta olhar ao largo.
Mesmo com a visão meio nublada não há como conter:
a respiração ofegante, o coração acelerado parece que bate na boca,
as pernas tremem, um suor frio desce por todo o corpo
e mais um segredo (nem tão secreto) é redescoberto:
Como cansa subir essa ladeira de Santa Efigênia!!!

***escrito originalmente em 22/07/2003

Nenhum comentário: